Tecnologia para a Educação: confira 4 tendências de objetos de aprendizagem para 2022

A inovação é uma das palavras-chave do século XXI e a formação precisa integrar-se a esta revolução para acompanhar as demandas de um mundo hiperconectado. Para lidar com todos esses desafios, a tecnologia chega como uma aliada fundamental para impulsionar uma educação disruptiva e que faça uma nova abordagem de aprendizagem para o aluno.

A educação online disruptiva é aquela que se propõe a quebrar com o estabelecido para otimizar os processos educacionais. Muitos especialistas acreditam que a mudança é necessária e urgente porque o atual sistema não é mais atual, e não corresponde às necessidades da era digital.

A cada ano aumenta a procura por edtechs especializadas no desenvolvimento de materiais de educação ou treinamento em todos os segmentos do mercado.

Edtechs são empresas que através da tecnologia criam soluções inovadoras na área educacional.

Nesse caso, podemos englobar as startups que oferecem para o mercado matéria digital, cursos online, softwares LMS, plataformas de ensino, games educativos, simuladores de realidade virtual, entre muitas outras ferramentas.

Essas empresas estão presentes em todos os níveis de educação, podendo atender desde o ensino básico como em cursos de graduação, cursos livres, pós-graduação ou ainda em educação corporativa.

Neste conteúdo falaremos sobre 4 tendências para o mercado de aprendizagem online em 2022, boa leitura.

O que são objetos de aprendizagem (OA)?

Objetos de aprendizagem são recursos digitais dinâmicos, interativos e reutilizáveis em diferentes ambientes de educação, desenvolvidos a partir de uma base tecnológica. Atualmente os objetos de aprendizagem cobrem diversas esferas de ensino: presencial, híbrida ou a distância, e possuem múltiplos campos de atuação como a educação formal, corporativa ou informal e, devem reunir várias características, como durabilidade, facilidade para atualização, flexibilidade, interoperabilidade, modularidade, portabilidade, entre outras.

Veja 4 tendências de objetos de aprendizagem para 2022

1 - Realidade Aumentada

A Realidade Aumentada, RA, é uma tecnologia que permite a projeção de dados e informações virtuais no ambiente físico, apresentada ao usuário em tempo real, usando o apoio de um dispositivo tecnológico, com a interface do ambiente real.

Diferentemente da Realidade Virtual que leva o usuário para um ambiente virtual e faz com que ele interaja com os objetos, tornando aquele mundo o “real”, a RA não pretende tirar a consciência do usuário de que ele está em seu ambiente real, mas que ali ele pode interagir com objetos tridimensionais inseridos.

A RA pode ser caracterizada por 3 propriedades:

  1. Combinação de objetos reais e virtuais em um ambiente real;
  2. Execução em tempo real com interatividade;
  3. Alinhar os objetos reais e virtuais entre si;

Além disso podemos apontar quatro benefícios em projetos de Realidade Aumentada:

Reality for free (gratuidade do mundo real): As experiências proporcionadas pela RA são mais ricas e elaboradas por permitirem a exibição de objetos e comportamentos reais;

Virtual flexibility (flexibilidade virtual): Tem sua vantagem na manipulação, através de programação, das informações, dados e objetos virtuais, assim como sua aparência e comportamento. E assim, os elementos virtuais podem ser alterados e adaptados conforme a necessidade do usuário ou da aplicação do projeto;

Invisible interface (transparência da interface): A RA permite a mobilidade dos usuários e a sua interface não interfere na observação do ambiente real;

Spatial Awareness (percepção espacial): Representa a conexão lógica entre o real e o virtual em qualquer escala;

A realidade aumentada tem sido muito utilizada como recurso tecnológico em ambientes educacionaisMuitos estudos comprovam que sua utilização contribui para a percepção e motivação dos usuários em diversas atividades no contexto educacional, auxiliando na aprendizagem em diversas áreas do conhecimento.

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2 - Realidade Virtual

A Realidade Virtual é uma técnica avançada de interface, na qual o usuário realiza a imersão, navegação e interação em um ambiente resumidamente tridimensional gerado por um computador por intermédio de vias multissensoriais.

Diferentemente da Realidade Aumentada que não pretende tirar a consciência do usuário de que ele está em seu ambiente real, e ali ele interage com objetos tridimensionais inseridos; a RV leva o usuário para um “outro ambiente” e faz com que ele interaja com os objetos, tornando aquele mundo o “real”.

Com o avanço no desenvolvimento de equipamentos e dispositivos houve uma expansão da RV como uma área da computação que traz consigo ideias fundamentais:

Imersão: Todos os dispositivos sensoriais são importantes para o sentimento de imersão. Normalmente, usam-se objetos como capacetes de visualização e salas de projeções das visões para auxiliar na imersão, a fim de fazer com que o usuário se sinta presente no ambiente tridimensional.

Envolvimento: Está relacionado com o grau de motivação para o engajamento de uma pessoa com determinada atividade, podendo ser passivo ou ativo, através de seus sentidos.

Interação: Esta ideia está relacionada com a capacidade do computador em detectar as entradas do usuário e modificar instantaneamente o mundo virtual e as ações sobre ele (capacidade relativa), além de capturar os movimentos de forma natural.

Para que essas ideias ocorram, se faz necessário o uso de interfaces, e com isso tornar o ambiente participativo, seguindo os movimentos executados pelo usuário. Esses dispositivos são: mouse, joysticks 2D e 3D, luvas, entre outros.

A introdução da Realidade Virtual na educação demonstra um novo paradigma na qual traz uma educação de forma dinâmica, criativa, colocando o aluno no centro dos processos de aprendizagem e buscando uma formação de um ser crítico, independente e construtor de seu conhecimento, pois através dela podemos permitir que o ensino ocorra sobre um determinado contexto, e a cada ação executada, o aprendiz recebe um feedback instantâneo.

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3 – Vídeo Aula

Esse objeto de aprendizagem pode contribuir para o trabalho, tornando as aulas mais atrativas e favorecendo a construção do conhecimento. É importante lembrarmos que a linguagem, os espaços e os recursos utilizados no processo de criação do conteúdo devem ser adequados ao público-alvo desse processo de aprendizagem online.

Abaixo elegemos alguns importantes motivos para sua empresa utilizar vídeo aula em seus objetos de aprendizagem.

Existem diferentes tipos de vídeos que podem ser produzidos

Nesse objeto de aprendizagem, podemos criar estilos de vídeos diversos, sendo ele uma videoaula explicativa com apoio de uma apresentação durante a transmissão ou até mesmo vídeos interativos, em que o aluno, como ator em seu processo de aprendizagem, é questionado durante o conteúdo através de quiz e, assim como ocorre nas aulas interativasdevida sua autonomia e ajuda na tomada de decisões, interage mais com o conteúdo e amplia seu processo de aprendizagem.

Podemos ainda criar vídeos demonstrativos, quando se quer ensinar um procedimento ou a utilização de um equipamento, por exemplo, e um modelo que vem chamando muita atenção é o vídeo 360º, na qual o aprendiz interage com o cenário que está sendo apresentado e dentro do conteúdo pode conter pequenos trechos de vídeos explicativos e interativos, que aumenta ainda mais o seu poder de tomada de decisão e sua capacidade de apreender o conteúdo passado.

A utilização do vídeo aumenta a criatividade

A incorporação da arte e da mídia no processo de ensino aprendizagem, tem como objetivo tornar o aprendizado mais criativo e mais expressivo, resultando num maior interesse por parte dos aprendizes em consumir o conteúdo digital.

Uma outra forma de estimular a criatividade do aprendiz, é utilizar propostas de avaliação na qual ele terá que criar um vídeo, e então pensar em um roteiro explicativo e em formas dinâmicas de transmitir o conhecimento.

Segundo a pirâmide de Willian Glasser 95% do nosso processo de aprendizagem ocorre quando ensinamos os outros, e 50% quando utilizamos recursos audiovisuais nesse processo, então dessa maneira, o aprendizado se torna criativo, despertando maior interesse do aprendiz em realizar a atividade.

Possibilidade de criar materiais com acessibilidade

Um ponto que vêm se falando muito é em questões sociais e de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, e quando utilizamos o vídeo como objeto de aprendizagem, podemos inserir legendas, libras, audiodescrição para que todos possam aprender o conteúdo de maneira fluida e criativa.

A utilização de recurso audiovisual se torna muito chamativo, pois os sons trazem dinamismo as imagens enquanto o visual ilustra o que está sendo contato, trazendo ao aprendiz mais clareza sobre os assuntos abordados, resultando num material mais atrativo para construção do conhecimento.

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4 – Animação 2D, 3D e Stopmotion

A animação é um objeto de aprendizagem utilizado para demonstrar situações abstratas, instruções, conteúdos, processos e procedimentos, de uma forma mais fluida e que exija menos esforço cognitivo do aprendiz.

Tem como objetivo educacional o de considerar conceitos da teoria cognitiva voltados à aprendizagem, impulsionando a construção de modelos mentais coerentes, que tenham o foco no aprendiz e no processo cognitivo da aprendizagem.

A produção de uma animação pode ser desenvolvida através do uso de diferentes técnicas, cada uma, por sua vez, possui diferentes níveis de complexidade e com resultados estéticos distintos.

Dentro das possibilidades de animação podemos citar a animação 2D, stopmotion e animação 3D

Animação 2D

Animação bidimensional ou 2D é caracterizada por ter seus objetos e personagens criados no espaço bidimensional. Isso significa que eles possuem somente altura e largura, pode apresentar diálogos e conteúdos complexos.

Stopmotion

Diz respeito à captura da variação de movimentos de objetos ou pessoas. Esses são fotografados de forma sequencial para gerar um vídeo contínuo, ou seja, uma animação. 

Animação 3D

Através da computação gráfica uma animação 3D tem cenas ricas em detalhes, descrição de técnicas e procedimentos, fazendo com que os objetos pareçam se mover em espaços tridimensionais.

Lima e colaboradores em seu artigo, na qual aborda a análise dos elementos gráfico-informacionais das animações educacionais em Saúde na Educação a Distância (EaD), consideram algumas vantagens, entre elas:

  • Favorecer a visualização e compreensão de procedimentos técnicos ou processos;
  • Diminuir o esforço cognitivo empregado para o processamento da informação;
  • Maior conforto por parte dos aprendizes para receber instruções de como realizar um procedimento/técninca ou tarefa.

Com o crescimento de cursos de Educação à Distância, e o uso de animações nesse contexto, se faz importante a elaboração desses materiais de forma a obedecer aos princípios e teorias cognitivas do processo de aprendizagem.

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A Hipocampus Aprendizagem Digital tem um time especializado que irá ajudar sua empresa a criar materiais educacionais, ou de treinamento com:

  • Mais interatividade com os conteúdos;
  • Conteúdos fluídos que proporcionam uma melhor absorção do conhecimento;
  • Proporciona uma postura mais ativa na construção do aprendizado;
  • Aprendizagem digital de alta performance;

A integração da tecnologia à educação é uma nova realidade que veio para melhorar a aprendizagem, afinal em um mundo dominado pela tecnologia torna-se impensável manter a educação nos mesmos padrões, sem acompanhar a evolução tecnológica que somos impactados diariamente. 

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